domingo, 23 de maio de 2010

O papel da inclusão digital na educação



A infoinclusão é um tema que engloba vários pontos do desenvolvimento social. Quando falamos em mudanças de comportamento humano, entendemos que tais mudanças ocorrem porque houve uma evolução no individuo, pois o ser humano busca, através de suas invenções, alcançar uma condição melhor na qualidade de vida.
Essas mudanças não acontecem por acaso, muito menos são fruto do aprimoramento em apenas uma área do conhecimento humano, são promovidas por um conjunto de fatores. Transformações sociais, econômicas e educativas são imprescindíveis para que uma sociedade prospere, a questão é a seguinte:
Como uma sociedade consegue aproveitar essa oportunidade? Ou como individualmente estamos utilizando esses recursos em prol de nossa melhoria de vida? Com o advento da informática, abriu-se um leque de oportunidades, tanto para o crescimento econômico, social, político como também na área da comunicação, esse modo de transmitir a informação quase que em tempo real, mudou o comportamento social, mas será que todas as pessoas alcançaram êxito neste quesito? Toda transformação gera oportunidades favoráveis a quem consegue aproveitá-las, mas também gera uma nova categoria de excluídos, no caso os infoexcluídos.
A acessibilidade aos recursos tecnológicos é o primeiro desafio de uma sociedade que almeja o crescimento, mas com certeza não é a única atitude que se deve tomar, pois de nada vale ter em mãos os equipamentos se não sabemos utilizar os recursos, ou apropriando-se de tais recursos não alcançamos o objetivo de agregar conhecimento, bens culturais e educativos. Foi com o objetivo de aprimoramento e melhoria nas áreas de comunicação que os recursos de informática foram criados, estes objetivos, nas varias áreas do desenvolvimento humano, devem ser a Tônica, a finalidade do aproveitamento dos recursos de informática. A melhoria nas condições de vida, na transmissão de conhecimento e a melhoria nas relações humanas são pontos fundamentais na criação de veículos para a inclusão digital, o treinamento e a conscientização deste princípio devem primar qualquer iniciativa neste sentido.A meu ver, estar incluído é dominar os recursos tanto internos quanto externos do processo, ter autonomia nas atividades desenvolvidas e criar oportunidade para que todos possam ser agregados ao processo. Outro ponto é a estrutura, que deve ser formada para que esta inclusão aconteça. O curso que estamos fazendo é um fruto deste processo de inclusão e só pôde ser implantado porque havia condições favoráveis para que acontecesse. De nada valeria todo o investimento, se nas cidades onde fossem implantados os pólos acadêmicos não tivessem rede de internet, ou condições estruturais para que a grande rede pudesse chegar. Ou de nada valeria, por exemplo, o candidato ser aprovado no vestibular, mas não adquirir condições de acesso ao computador. Então estar incluído é estar no fluxo das forças e iniciativas que favoreçam o aproveitamento dos recursos digitais. Portanto a infoinclusão é parte de uma problemática maior, a inclusão social. O individuo que não possui recursos intelectuais e materiais para se apropriar das transformações sociais, esta à margem desta sociedade e cabe a sociedade o esforço de dar condições a todos. De nada valerá uma Biblioteca para um individuo analfabeto, ou com analfabetismo funcional. Da mesma forma os recursos tecnológicos do mundo digital estão disponíveis para o individuo que possui maiores oportunidades de acesso a tais ferramentas. Esse somente pode ser alcançado através da educação, ou seja, o processo educativo torna-se um fator preponderante para o sucesso da inclusão social/digital.
Fazer qualquer análise desconsiderando este quadro faz-se inútil e sem sentido. Mais uma vez podemos tomar como exemplo o curso de educação musical da UFSCar; os recursos digitais podem oferecer uma ferramenta educacional de muita qualidade, um veículo real de aproveitamento dos recursos digitais a serviço da educação. A inclusão digital deve fazer parte de um projeto maior, contemplando antes de tudo a educação e a inclusão social.

Olá!

Este blog tem o objetivo de fomentar e divulgar a educação musical, através do canto. O canto como nosso primeiro (e derradeiro) instrumento musical, pode ser melhor utilizado pelos educadores. As contribuições do canto para a educação musical são muitas, podem ser utilizada em todos os momentos da aula, sem custo econômico, servindo de coadjuvante no tratamento e prevenção de problemas ligados à saúde vocal.
No ano de 2004, criei este termo "Educantores" e desde então desenvolvo um projeto junto ao Conservatório Dramático e Musical Dr. Carlos de Campos, na cidade de Tatuí, em parceria com a prefeitura municipal. No projeto são atendidos professores municipais que integram um grande coral, denominado:
"Coro de educadores Ruth Luz".
Dona Ruth Luz é uma educadora musical aposentada que junto ao seu marido compôs o hino oficial de Tatuí. Devido ao Conservatório Musical, Tatuí foi uma das ultimas cidades que continuou com o "Canto Orfeônico" de Villa Lobos, mesmo após a sua extinção. Devido à recusa de aposentadoria de professores de música como Dona Ruth Luz, muitas crianças puderam ser musicalizadas, hoje são grandes músicos e professores em nosso conservatório e não teriam conhecido a música se não fosse o tardio esforço destes profissionais.
Por isso chamo esta filosofia de trabalho de "Educantores", onde ensinamos musica através da voz, seguindo os padrões pedagógicos atuais, mas considerando que um povo precisa cantar para poder ter voz.